MIRATO
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Logotipo Syngenta Logomarca do produto
MIRATO
Registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA sob 1819
COMPOSIÇÃO:
Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) ............................806 g/L (80,6% m/v)
Equivalente ácido ..........................................................................................670 g/L (67,0% m/v)
Outros ingredientes..................................................................................421,6 g/L (42,1% m/v)
GRUPO
O
HERBICIDA
CONTEÚDO: VIDE RÓTULO
CLASSE: HERBICIDA SELETIVO, DE AÇÃO SISTÊMICA
GRUPO QUÍMICO: ÁCIDO ARILOXIALCANÓICO
TIPO DE FORMULAÇÃO: CONCENTRADO SOLÚVEL (SL)
TITULAR DO REGISTRO (*):
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. Rua Doutor Rubens Gomes Bueno, 691 Torre Sigma,
CEP: 04730-000, São Paulo/SP, Brasil, Fone: (11) 5643-2322, CNPJ: 60.744.463/0001-90
Cadastro na SAA/CDA/SP sob nº 001.
(*) IMPORTADOR DO PRODUTO FORMULADO
FABRICANTE DO PRODUTO TÉCNICO:
2,4-D TÉCNICO TW-BRA (Registro MAPA nº 08612:
CHANGZHOU WINTAFONE CHEMICAL CO. LTD - West Weitang Chemical Industry Zone,
Chunjiang Town, Xinbei 213033 Changzhou, Jiangsu - China
ADAMA LTD. - 93 East Beijing Road, 434001 Jingzhou, Hubei, China
JIANGXI TIANYU CHEMICAL CO., LTD. - Yanhua Road, Xingan Salt Chemical Industrial Park,
Xingan County, Jiangxi Province, China
FORMULADOR:
CAC NANTONG CHEMICAL CO., LTD - (Fourth Huanghai Road) Yangkou Chemical Industrial
Park, Rudong County, Nantong City, Jiangsu Province - China
CHANGZHOU WINTAFONE CHEMICAL CO. LTD - West Weitang Chemical Industry Zone,
Chunjiang Town, Xinbei 213033 Changzhou, Jiangsu China
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FORMULADOR/MANIPULADOR:
NORTOX S.A. - Rodovia BR 369, km 197 - Aricanduva - CEP: 86700-970 - Arapongas/PR
CNPJ: 75.263.400/0001-99
Número de registro do estabelecimento no Estado: 466 - SEAB/PR
PRENTISS QUÍMICA LTDA. - Rodovia PR 423 s/m km 24,5 - CEP: 83603-000 - Campo
Largo/PR
CNPJ: 00.729.422/0001-00
Número de registro do estabelecimento no Estado: nº 002669/SEAB/PR
O nome do produto e o logo Syngenta são marcas de uma companhia do grupo Syngenta.
Nº do Lote ou Partida:
VIDE EMBALAGEM
Data de Fabricação:
Data de Vencimento:
ANTES DE USAR O PRODUTO, LEIA O RÓTULO, A BULA E A RECEITA E CONSERVE-OS
EM SEU PODER.
É OBRIGATÓRIO O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. PROTEJA-SE.
É OBRIGATÓRIA A DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA.
Agite antes de usar
Indústria Brasileira (Dispor este termo quando houver processo industrial no Brasil conforme
previsto no Art. 4° do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010)
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA:CATEGORIA 4 - PRODUTO POUCO TÓXICO
CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE PERICULOSIDADE AMBIENTAL: III - PRODUTO
PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE
Cor da Faixa: FAIXA AZUL PMS Blue 293 C
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INSTRUÇÕES DE USO DO PRODUTO:
MIRATO é um herbicida hormonal seletivo do grupo ariloxialcanóico, concentrado solúvel, que
contém 806 g/L do ingrediente ativo sal de dimetilamina do ácido 2,4-diclorofenoxiacético,
utilizado na pós-emergência das plantas daninhas.
CULTURAS, PLANTAS DANINHAS, DOSES, VOLUME DE CALDA, NÚMERO E ÉPOCA DE
APLICAÇÃO:
MIRATO é indicado para o controle de plantas daninhas nas culturas de arroz (pós-emergência
da cultura e plantas daninhas), café (jato dirigido nas entrelinhas), cana-de-açúcar (pós-
emergência da cultura e plantas daninhas), milho (plantio direto, pós-emergência da cultura e
plantas daninhas), soja (plantio direto), pastagens e trigo.
PLANTAS DANINHAS
ÉPOCA
DE APLICAÇÃO
DOSE DO
PRODUTO
COMERCIAL
VOLUME
DE
CALDA
NÚMERO
DE
APLICAÇÃO
Nome comum
Nome
científico
Fura-capa,
picão,
picão-preto
Bidens pilosa
Pós-emergência:
Aplicação deve
ocorrer no início do
perfilhamento e
antes do
emborrachamento.
1,0 a 1,5
L/ha
200 a
400 L/ha
Realizar no
máximo 1
(uma)
aplicação
durante o
ciclo de
cultura
Amendoim-
bravo, leiteira
Euphorbia
heterophylla
Trapoeraba,
marianinha,
mata-brasil
Commelina
benghalensis
Aplicar em jato
dirigido, nas
entrelinhas da
cultura, em pós-
emergência das
plantas daninhas
quando estiverem
no estágio de
desenvolvimento
de 5 a 10 folhas,
em época quente.
Fura-capa,
picão, picão-
preto
Bidens pilosa
Amendoim-
bravo, leiteira
Euphorbia
heterophylla
Pós-emergência:
Aplicar na época
quente quando a
cultura estiver com
30-60 cm de altura
em jato dirigido.
Trapoeraba,
marianinha,
mata-brasil
Commelina
benghalensis
Corriola, corda-
de-viola,
campainha
Ipomea
grandifolia
Guanxuma,
mato pasto,
relógio
Sida
rhombifolia
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Milho
Apaga-fogo,
corrente,
periquito
Alternanthera
tenella
Pós-emergência
precoce: Aplicar
em área total, até
quando a cultura
estiver no estádio
de 5 folhas.
Pós-emergência
tardia: Em jato
dirigido sobre as
plantas daninhas,
quando a cultura
estiver com 25 cm
de altura. Observar
outras orientações
técnicas
relacionadas a
cultivar de milho
híbrido.
1,5 L/ha
200 a 400
L/ha
Realizar no
máximo 1 (uma)
aplicação
durante o ciclo
de cultura
Fura-capa,
picão, picão-
preto
Bidens pilosa
Amendoim-
bravo, leiteira
Euphorbia
heterophylla
Corriola, corda-
de-viola,
campainha
Ipomea
grandifolia
Pastagens
(de capim
braquiária
Brachiaria
decumbens)
Fedegoso,
mata-pasto
Senna
obtusifolia
Pós-emergência:
Aplicação em
cobertura total em
das plantas
daninhas de folhas
largas com altura
de 50 cm.
1,0 a 3,0
L/ha
200 a
400 L/ha
Realizar no
máximo 1
(uma)
aplicação
durante o
ciclo de
cultura
Malva-branca,
guanxuma
Sida
cordifolia
Guanxuma,
mata-pasto,
relógio
Sida
rhombifolia
Soja
(Plantio
direto)
Fura-capa,
picão, picão-
preto
Bidens pilosa
Plantio direto: A
aplicação deve
ocorrer antes da
semeadura,
visando o controle
de plantas
daninhas com
altura de 10 cm.
1,0 a 1,5
L/ha
200 a
400 L/ha
Realizar no
máximo 1
(uma)
aplicação
durante o
ciclo de
cultura
Trapoeraba,
marianinha,
mata-brasil
Commelina
benghalensis
Amendoim-
bravo, leiteira
Euphorbia
heterophylla
Trigo
Fura-capa,
picão, picão-
preto
Bidens pilosa
Aplicar em pós-
emergência das
plantas daninhas,
quando a cultura
estiver no início do
perfilhamento e
antes do
emborrachamento.
Picão-branco,
fazendeiro
Galinsoga
parviflora
Amendoim-
bravo, leiteira
Euphorbia
heterophylla
Nabo, nabiça,
nabo-bravo
Raphanus
raphanistrum
MODO DE APLICAÇÃO:
MIRATO deve ser diluído em água e aplicado por pulverização tratorizada. O volume de calda
pode variar em função da modalidade do tratamento, da área efetivamente tratada, do porte e
da densidade da planta-daninha (invasoras).
O produto pode ser aplicado com equipamento tratorizado com barra, de modo a providenciar
uma boa cobertura de pulverização nas plantas daninhas.
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O produto pode ser aplicado com equipamento costal e manual, preferivelmente para
tratamentos em pré-emergência sobre o solo, ou quando o porte da cultura e das plantas
daninhas (invasoras) é baixo e para jatos dirigidos.
• Os parâmetros de aplicação através de equipamento tratorizado, como ângulo de barra, tipo e
número de pontas, pressão de trabalho, largura da faixa de aplicação, velocidade do
pulverizador, entre outros, deverão seguir as recomendações do modelo do pulverizador definido
pelo fabricante e as recomendações do Engenheiro Agrônomo, seguindo as boas práticas
agrícolas.
Somente aplique o produto com equipamentos de aplicação tecnicamente adequados ao relevo
do local, corretamente regulados e calibrados, conforme a recomendação do fabricante do
pulverizador e do responsável técnico.
Utilize pontas de pulverização com indução de ar de jato leque para a produção de gotas
grossas a extremamente grossas.
• Pressão de trabalho: 30-70 lbf/pol².
• Diâmetro de gotas: Acima de 350 micra
• Densidade de gotas: 30 gotas/cm²
Condições climáticas: Para evitar os prejuízos causados pela deriva, é importante seguir
recomendações rígidas quanto as condições climáticas e do equipamento de aplicação. O
produto somente deve ser aplicado sob as seguintes condições meteorológicas:
- Velocidade do vento inferior a 10 km/h;
- Umidade relativa do ar superior a 55%;
- Temperatura ambiente inferior a 30°C;
- Pulverize na ausência de orvalho, na presença de luz solar e evitar período de chuva de até 6
horas após a aplicação.
• O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento
de pulverização (independente dos equipamentos utilizados para a pulverização, o tamanho das
gotas é um dos fatores mais importantes para evitar a deriva) e ao clima (velocidade do vento,
umidade e temperatura). O aplicador deve considerar todos estes fatores quando da decisão de
aplicar. Para se evitar a deriva objetiva-se aplicar com o maior tamanho de gota possível, sem
prejudicar a cobertura do alvo e, consequentemente, a eficiência do produto.
Prevenção de deriva e contaminação de culturas sensíveis:
• Para evitar efeitos indesejáveis, observar os limites meteorológicos definidos acima, e mais:
- Para aplicação em jato dirigido é recomendável utilizar estrutura de proteção (protetor tipo
chapéu) de modo a evitar a possibilidade do jato atingir a cultura).
- Efetuar levantamento prévio de culturas sensíveis ao produto nas áreas próximas;
- Controlar permanentemente o sentido do vento: Deverá soprar da cultura sensível para a área
da aplicação. Interromper o serviço se houver mudança nessa direção.
Limpeza do equipamento de aplicação: Proceda à lavagem com solução a 3% de amoníaco
ou soda cáustica, deixando-a no tanque por 24 horas. Substituí-la depois, por solução de carvão
ativado a 3 g/L de água e deixar em repouso por 1 a 2 dias, lavando em seguida com água e
detergente. Descartar a água remanescente da lavagem por pulverização nas bordaduras da
lavoura, em local onde não atinja culturas sensíveis ao 2,4-D. Recomenda-se fazer um teste de
fitotoxicidade em culturas sensíveis ao 2,4-D, tais como: Cucurbitáceas, tomate ou algodão antes
de usar o equipamento para pulverização de outros produtos. Preferencialmente utilizá-lo
unicamente para aplicação de 2,4-D ou formulações que o contenham.
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INTERVALOS DE SEGURANÇA:
CULTURA
INTERVALO DE SEGURANÇA
Arroz
Não determinado por ser de uso até a fase de
emborrachamento.
Café
30 dias
Cana-de-açúcar
Não determinado por ser de uso em pré/pós-emergência
até 3 (três) meses após o plantio ou corte.
Milho
Não determinado por ser de uso desde a fase de pré-
emergência até o milho atingir uma altura de 25 cm.
Soja
Não determinado quando aplicado em pós-emergência
das plantas daninhas e pré-emergência da cultura.
Pastagens
Uso não alimentar
Trigo
Não determinado por ser de uso até a fase de
emborrachamento.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS:
CULTURA
Modalidade de Emprego
(Aplicação)
INTERVALO DE REENTRADA*
2h de atividades
8h de atividades
Arroz
Pré/Pós-emergência
24 horas
14 dias
Café
Pré/Pós-emergência
24 horas (1)
24 horas (1)
Cana-de-
açúcar
Pré/Pós-emergência
13 dias
31 dias (2)
Milho
Pré/Pós-emergência
-
18 dias
Soja
Pré/Pós-emergência
-
18 dias
Pastagens
Pré/Pós-emergência
5 dias (3)
23 dias (3)
Trigo
Pré/Pós-emergência
2 dias
20 dias
*A entrada na cultura no período anterior ao intervalo de reentrada somente deve ser realizada com a utilização
pelos trabalhadores de vestimenta simples de trabalho (calça e blusa de manga longa) e os equipamentos de
proteção individual (EPI) vestimenta hidrorrepelente e luvas.
(1) Mantido em 24 horas pela ausência relevante de contato de reentrada.
(2) Necessária a utilização pelos trabalhadores, após o intervalo de reentrada, de vestimenta simples de trabalho
(calça e blusa de manga longa) e luvas como equipamento de proteção individual (EPI) para se realizar qualquer
trabalho nas culturas de cana-de-úcar após a aplicação de produtos contendo 2,4-D.
(3) Mantido em 24 horas para as situações de aplicações individuais nas plantas que se quer eliminar.
LIMITAÇÕES DE USO:
Utilize este produto de acordo com as recomendações em rótulo e bula. Esta é uma ação
importante para obter resíduos dentro dos limites permitidos no Brasil (referência: monografia da
ANVISA). No caso de o produto ser utilizado em uma cultura de exportação, verifique, antes de
usar, os níveis máximos de resíduos aceitos no país de destino para as culturas tratadas com
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este produto, uma vez que eles podem ser diferentes dos valores permitidos no Brasil ou não
terem sido estabelecidos. Em caso de dúvida, consulte o seu exportador e/ou importador.
Respeite as leis federais, estaduais e o Código Florestal, em especial a delimitação de Área de
Preservação Permanente, observando as distâncias mínimas por eles definidas. Nunca aplique
este produto em distâncias inferiores a 30 metros de corpos d’água em caso de aplicação
terrestre, e 250 metros em caso de aplicação aérea. E utilize-se sempre das Boas Práticas
Agrícolas para a conservação do solo, entre elas a adoção de curva de nível em locais de declive
e o plantio direto.
- Uso exclusivamente agrícola.
- Não aplicar o produto quando houver possibilidade de atingir diretamente, ou por deriva,
espécies de plantas úteis suscetíveis, tais como: Culturas dicotiledôneas, hortaliças,
ornamentais, bananeiras.
- Todo equipamento usado para aplicar o MIRATO deve ser descontaminado antes de outro uso.
Recomenda-se, se possível, utilizá-lo exclusivamente para aplicações com formulações que
contenham 2,4-D.
- O produto em contato com sementes pode inibir a sua germinação.
- MIRATO não deve ser misturado com óleos, espalhantes adesivos e outros adjuvantes, pois
isso diminui a seletividade do produto.
- Aplicar apenas sobre plantas daninhas em estádio de crescimento ativo, não submetidas a
qualquer “stress” como frio excessivo, seca ou injúrias mecânicas.
- Para uso na cultura do milho, verificar junto às empresas produtoras de sementes a existência
de cultivares sensíveis ao 2,4-D.
- Para uso na cultura do café, fazê-lo de modo a não permitir o contato do produto com as folhas
da cultura.
- Para a cultura de soja, seu uso é permitido somente em pré-plantio.
- Não aplicar em plantas daninhas com altura superior a 10 cm e número de folhas maior que 10.
- Não é recomendado aplicar em cereais (trigo e arroz) antes do perfilhamento ou após o
emborrachamento, em milho plantado em solo arenoso ou quando a aplicação não é feita no
período recomendado.
- Para a aplicação em cereais durante o inverno, em temperatura baixa, o efeito do produto é
muito lento, o que pode levar a resultados insatisfatórios, especialmente em época chuvosa.
- É exigida a manutenção de bordadura de, no mínimo, 10 metros livres de aplicação tratorizada
de produtos formulados contendo 2,4-D, conforme resultados da avaliação de risco da exposição
de residentes. A bordadura terá início no limite externo da plantação em direção ao seu interior
e será obrigatória sempre que houver povoações, cidades, vilas, bairros, bem como moradias ou
escolas isoladas a menos de 500 metros do limite externo da plantação.
- É exigida a utilização de tecnologia de redução de deriva na cultura de cana-de-açúcar de pelo
menos 50% para aplicação tratorizada.
- É exigida a utilização de tecnologia de redução de deriva na cultura de cana-de-açúcar de pelo
menos 55% para aplicação costal.
- Não permita que animais, crianças ou qualquer pessoa não autorizada entrem na área em que
estiver sendo aplicado ou logo após a aplicação do produto.
- Não armazenar a calda de pulverização em quaisquer recipientes, ou mesmo, para aplicação
no dia subsequente.
- Fica restrito a realização das atividades de: Mistura, abastecimento e aplicação tratorizada de
2,4-D pelo mesmo indivíduo, por recomendação da ANVISA.
- Fica proibido taxas de aplicação costal superiores 1,7 kg/ha de produtos a base de 2,4-D na
cultura de café no caso de impossibilidade de utilização de tecnologia de redução de deriva de
pelo menos 55%.
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INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A SEREM
UTILIZADOS:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DA SAÚDE HUMANA, conforme Avaliação
Toxicológica da ANVISA, para cada processo.
INFORMAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO A SEREM USADOS:
Vide Modo de Aplicação.
DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE TRÍPLICE LAVAGEM DA EMBALAGEM OU
TECNOLOGIA EQUIVALENTE:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A DEVOLUÇÃO, DESTINAÇÃO,
TRANSPORTE, RECICLAGEM, REUTILIZAÇÃO E INUTILIZAÇÃO DAS EMBALAGENS
VAZIAS:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A DEVOLUÇÃO E DESTINAÇÃO DE
PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:
VIDE DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
INFORMAÇÕES SOBRE O MANEJO DE RESISTÊNCIA A HERBICIDAS:
Quando herbicidas com o mesmo modo de ação são utilizados repetidamente por vários anos
para controlar as mesmas espécies de plantas daninhas nas mesmas áreas, biotipos resistentes
de plantas daninhas, de ocorrência natural, podem sobreviver ao tratamento herbicida adequado,
propagar e passar a dominar a área. Esses biotipos resistentes de plantas daninhas podem não
ser controlados adequadamente. Práticas culturais como cultivo, prevenção de escapes que
cheguem a sementar, o uso de herbicidas com diferentes modos de ação na mesma safra ou
entressafras, pode ajudar a retardar a proliferação e possível dominância de biotipos de plantas
daninhas resistentes a herbicidas.
Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados
e, ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD:
www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos
Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO
O
HERBICIDA
O produto herbicida MIRATO é composto por 2,4-D, que apresenta mecanismo de ação dos
mimetizadores das auxinas, pertencentes ao Grupo O, segundo classificação internacional do
HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas), respectivamente.
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DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DA SAÚDE HUMANA:
ANTES DE USAR LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES DA BULA
PRECAUÇÕES GERAIS:
- Produto para uso exclusivamente agrícola.
- O manuseio do produto deve ser realizado apenas por trabalhador capacitado.
- Não coma, não beba e não fume durante o manuseio e aplicação do produto.
- Não transporte o produto juntamente com alimentos, medicamentos, rações, animais e
pessoas.
- Não manuseie ou aplique o produto sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
recomendados.
- Não utilize equipamentos com vazamentos ou defeitos e não desentupa bicos, orifícios e
válvulas com a boca.
- Não utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI) danificados, úmidos, vencidos ou com
vida útil fora da especificação. Siga as recomendações determinadas pelo fabricante.
- Não aplique o produto perto de escolas, residências e outros locais de permanência de pessoas
e de áreas de criação de animais. Siga as orientações técnicas específicas de um profissional
habilitado.
- Caso ocorra contato acidental da pessoa com o produto, siga as orientações descritas em
primeiros socorros e procure rapidamente um serviço médico de emergência.
- Mantenha o produto adequadamente fechado, em sua embalagem original, em local trancado,
longe do alcance de crianças e animais.
- Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados devem ser vestidos na seguinte
ordem: Macacão, botas, avental, máscara, óculos, touca árabe e luvas.
- Seguir as recomendações do fabricante do Equipamento de Proteção Individual (EPI) com
relação à forma de limpeza, conservação e descarte do EPI danificado.
PRECAUÇÕES DURANTE A PREPARAÇÃO DA CALDA:
- Utilize equipamento de proteção individual - EPI: Macacão de algodão hidrorrepelente com
mangas compridas passando por cima do punho das luvas e as pernas das calças por cima das
botas; botas de borracha; avental impermeável; máscara com filtro mecânico classe P2; óculos
de segurança com proteção lateral; touca árabe e luvas de nitrila.
- Manuseie o produto em local aberto e ventilado, utilizando os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) recomendados.
- Ao abrir a embalagem, faça-o de modo a evitar respingos.
PRECAUÇÕES DURANTE A APLICAÇÃO DO PRODUTO:
- Evite o máximo possível o contato com a área tratada.
- Aplique o produto somente nas doses recomendadas e observe o intervalo de segurança
(intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita).
- Não permita que animais, crianças ou qualquer pessoa não autorizada entrem na área em que
estiver sendo aplicado o produto.
- Não aplique o produto na presença de ventos fortes e nas horas mais quentes do dia,
respeitando as melhores condições climáticas para cada região.
- Verifique a direção do vento e aplique de modo a não entrar em contato, ou permitir que outras
pessoas também entrem em contato, com a névoa do produto.
- Utilize equipamento de proteção individual (EPI): Macacão de algodão hidrorrepelente com
mangas compridas passando por cima do punho das luvas e as pernas das calças por cima das
botas; botas de borracha; máscara com filtro mecânico classe P2; óculos de segurança com
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proteção lateral; touca árabe e luvas de nitrila.
PRECAUÇÕES APÓS A APLICAÇÃO DO PRODUTO:
- Sinalizar a área tratada com os dizeres: “PROIBIDA A ENTRADA. ÁREA TRATADA” e manter
os avisos até o final do período de reentrada.
- Evite ao máximo possível o contato com a área tratada. Caso necessite entrar na área tratada
com o produto antes do término do intervalo de reentrada, utilize os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) recomendados para o uso durante a aplicação.
- Não permita que animais, crianças ou qualquer pessoa não autorizada entrem em áreas
tratadas logo após a aplicação.
- Aplique o produto somente nas doses recomendadas e observe o intervalo de segurança
(intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita).
- Antes de retirar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), sempre lave as luvas ainda
vestidas para evitar contaminação.
- Mantenha o restante do produto adequadamente fechado em sua embalagem original em local
trancado, longe do alcance de crianças e animais.
- Tome banho imediatamente após a aplicação do produto e troque as roupas.
- Lave as roupas e os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) separados das demais roupas
da família. Ao lavar as roupas, utilizar luvas e avental impermeável.
- Após cada aplicação do produto faça manutenção e a lavagem dos equipamentos de aplicação.
- Não reutilizar a embalagem vazia.
- No descarte de embalagens utilize Equipamento de Proteção Individual (EPI): Macacão de
algodão hidrorrepelente com mangas compridas, luvas de nitrila e botas de borracha.
- Os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados devem ser retirados na seguinte
ordem: Touca árabe, óculos, botas, macacão, luvas e máscara.
- A manutenção e a limpeza do EPI deve ser realizada por pessoa treinada e devidamente
protegida.
ATENÇÃO
“Provoca irritação ocular grave”.
“Nocivo se ingerido”.
“Pode ser nocivo em contato com a
pele”.
PRIMEIROS SOCORROS: PROCURE IMEDIATAMENTE UM SERVIÇO MÉDICO DE
EMERGÊNCIA levando a embalagem, rótulo, bula, folheto informativo e/ou receituário
agronômico do produto.
Olhos: ATENÇÃO: PROVOCA IRRITAÇÃO OCULAR GRAVE. Em caso de contato, lave com
muita água corrente durante pelo menos 15 minutos. Evite que a água de lavagem entre no
outro olho. Caso utilize lente de contato, deve-se retirá-la.
Ingestão: ATENÇÃO: NOCIVO SE INGERIDO. Se engolir o produto, não provoque vômito,
exceto quando houver indicação médica. Caso o vômito ocorra naturalmente, deite a pessoa
de lado. Não dê nada para beber ou comer.
Pele: ATENÇÃO: PODE SER NOCIVO EM CONTATO COM A PELE. Em caso de contato,
tire toda a roupa e acessórios (cinto, pulseira, óculos, relógio, anéis, etc.) contaminados e lave
a pele com muita água corrente e sabão neutro, por pelo menos 15 minutos.
Inalação: Se o produto for inalado (“respirado”), leve a pessoa para um local aberto e
ventilado.
A pessoa que ajudar deve se proteger da contaminação, usando luvas e aventais
impermeáveis, por exemplo.
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INTOXICAÇÕES POR MIRATO
INFORMAÇÕES MÉDICAS
Grupo químico
Ácido ariloxialcanóico
Classe toxicológica
CATEGORIA 4 Produto Pouco Tóxico
Vias de exposição
Oral, ocular, dérmica e inalatória.
Toxicocinética
É rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal com pico plasmático
entre 10 minutos a 24 horas dependendo da dose e da formulação. A taxa
de absorção é mais rápida a baixas doses. Absorção de ésteres de 2,4-D
é mais lenta que a das formas ácidas ou sais, entretanto, as taxas de
excreção são similares. A taxa de absorção inalatória também é rápida. A
absorção dérmica foi de 10%. É amplamente distribuído e o bioacumula.
Estudos em humanos mostraram que a taxa de depuração plasmática de
2,4-D administrada oralmente segue a cinética de primeira ordem com
excreção urinária de (10,2- 28,4) horas. Após absorção dérmica os níveis
plasmáticos alcançam um platô e declinam mais rapidamente. A depuração
plasmática de 2,4-D segue uma cinética bifásica começando 8 horas após
a administração da dose, com meia-vida para vários tecidos de (0,6 - 2,3)
horas da primeira fase e (25,7 - 29) horas da segunda fase. Após
absorvido, o 2,4-D sofre hidrolização enzimática formando conjugados
ácidos de 2,4-D, entre (0-27%) da dose administrada. O 2,4-D não é
metabolizado a intermediários reativos. A excreção do 2,4-D é
predominantemente pela via urinária, sendo secretada ativamente pelos
túbulos proximais, com taxa de excreção inversamente proporcional à
dose. Após administração oral de 5mg de 2,4-D em humanos, 77% da dose
foi excretado em 96 horas e (87-100)%, eliminado na urina em 6 dias. Em
trabalhadores expostos, após exposição de 2 horas, 2,4-D foi detectado na
perspiração por 2 semanas e na urina por 5 dias.
Mecanismos
de toxicidade
Exposição aguda: A maior parte dos casos fatais envolvem falência renal,
acidose metabólica, desequilíbrio hidroeletrolítico, resultando em uma
falência múltipla de órgãos.
Sintomas gerais: Fadiga, astenia, anorexia, sudorese profusa, sensação
de queimação na língua, faringe, tórax, abdômen e febre
Pode ocorrer irritação nos olhos, nariz e boca após contato direto.
Ingestão: Podem ocorrer miose, coma, febre, hipotensão, vômito,
taquicardia, bradicardia, anormalidades no eletrocardiograma, rigidez
muscular, insuficiência respiratória, edema pulmonar e rabdomiólise.
Patofisiologia: Esses agentes são primariamente irritantes, mas foi
relatado um caso de alterações degenerativas das células cerebrais e
toxicidade do sistema nervoso central.
Cardiovascular: Na overdose, relatou-se taquicardia, bradicardia,
anormalidades no eletrocardiograma, assistolia, outras disritmias e
hipotensão.
Respiratório: Ingestão de grande quantidade pode causar bradipneia,
insuficiência respiratória, hiperventilação ou edema pulmonar. Um odor
peculiar é sentido no ar expelido pelo paciente.
Neurológico:
A) Exposição a baixas doses: Podem ocorrer, dependendo do composto
envolvido, vertigem, dor de cabeça, mal-estar e parestesias.
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B) Exposição a doses elevadas: Podem ocorrer, dependendo do composto
envolvido, contrações musculares, espasmos, fraqueza profunda,
polineurite e perda de consciência.
C) Reações idiossincráticas: Neuropatias periféricas.
Gastrintestinal: Foram relatados náusea, mito, diarreia e necrose da
mucosa gastrintestinal.
Hepático: Foram relatadas elevações nas enzimas lactato desidrogenase,
ASAT e ALAT.
Genitourinário: Podem ocorrer albuminúria e porfiria; falência renal devida
à rabdomiólise também é possível.
Hidroeletrolítico: A ingestão de 2,4-D pode levar à hipocalcemia,
hipercalemia e hipofosfatemia.
Hematológico: A trombocitopenia é o efeito hematológico primário. A
leucopenia também já foi relatada.
Dermatológico: O contato direto pode causar irritação na pele.
Musculoesquelético: Podem ocorrer espasmos musculares, rigidez
muscular, elevação da creatina quinase e rabdomiólise.
Endócrino: Foi relatada hipoglicemia em casos de intoxicação aguda por
2,4-D, estudos com animais mostraram decréscimo nos níveis de T3 e T4,
mas esse efeito não foi relatado em humanos.
Diagnóstico
Anamnese detalhada, com noção de exposição ao produto e
sintomatologia clínica compatível.
Tratamento
Descontaminação a ser realizada por profissional protegido por avental
impermeável, botas de borracha e luvas de nitrila. Se o produto foi ingerido
até 1h antes da chegada ao hospital, proceder a uma lavagem gástrica.
Tratamento sintomático e de manutenção das funções vitais.
Controlar a função hepática e renal, o estado neurológico do paciente,
eletrólitos e hemograma. Não há antídoto para este produto.
Contraindicações
O vômito é contraindicado em razão do risco potencial de aspiração.
Efeitos das alterações
químicas
Não se conhecem informações a respeito de efeitos aditivos, sinérgicos
e/ou potencializadores relacionados ao produto.
Atenção
Para notificar o caso e obter informações especializadas sobre o
diagnóstico e tratamento, ligue para o Disque-Intoxicação: 0800 722
6001.
Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica
(RENACIAT/ANVISA/MS)
As intoxicações por agrotóxicos Notifique ao sistema de informação de
agravos de notificação (SINAN/MS)
Notifique no Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (NOTIVISA)
Telefones de Emergência da empresa: 0800 704 4304 (24 horas)
Endereço Eletrônico da Empresa: https://www.syngenta.com.br
Correio Eletrônico da Empresa: faleconosco.casa@syngenta.com
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Mecanismo de Ação, Absorção e Excreção para Animais de Laboratório:
Vide item toxicocinética.
Efeitos Agudos e Crônicos para Animais de Laboratório:
Efeitos Agudos:
DL
50
oral em ratos: 500 mg/kg
DL
50
dérmica em ratos: > 4000 mg/kg
CL
50
Inalatória: Não determinado nas condições do teste.
Irritação Dérmica: O produto aplicado na pele dos coelhos produziu eritema grau 1 a 2, nas
leituras em 1,24 e 48 horas em 2/3 dos animais, e eritema grau 1 na leitura em 1 hora em 1/3
dos animais. Todos os sinais de irritação regrediram na leitura de 24 horas após o tratamento
para 1/3 e na leitura de 72 horas após o tratamento para 2/3 dos animais.
Irritação Ocular: O produto aplicado no olho dos coelhos produziu alterações na superfície da
córnea: Opacidade, nas leituras em 1, 24, 48, 72 horas, e 7 dias em 2/2 dos olhos testados.
Irite (hiperemia pericorneana) foi observada nas leituras em 24,48,72 horas, e 7 dias em 1/2 dos
olhos testados, e nas leituras em 24,48 e 72 horas em 1/2 dos olhos testados. Alterações em
conjuntiva incluíram: Hiperemia, nas leituras 1,24,48,72 horas, e 7 dias em 2/2; edema nas
leituras em 1,24,48,72, e 7 dias 1/2 dos olhos testados e nas leituras em 1 e 24 horas em 1/2
dos olhos testados; e secreção nas leituras em 1,24,48 e 72 horas em 2/2 dos olhos testados.
Todos os sinais de irritação regrediram em 14 dias após o tratamento. Alteração ocular adicional
Inclui: Neovascularização corneana na leitura em 7 dias em 1/2 dos olhos testados.
Sensibilização cutânea: Não sensibilizante
Mutagenicidade: O produto não é mutagênico.
Efeitos crônicos:
Exposições prolongadas podem levar a problemas no fígado e rins, além de edema pulmonar.
Casos de intoxicação severa podem levar a coma e morte.
Exposição crônica pode levar a alterações do sistema nervoso central no controle da função
motora, dermatite de contato, hepatotoxicidade e cirrose, astenia, tonturas, alterações
gastrointestinais e cardiovasculares, hipersialorréia, incremento da sensibilidade auditiva e gosto
doce na boca. Baseados em estudos que mostraram efeitos na tireóide e nas gônadas seguindo
exposição ao 2,4-D, existe atualmente uma preocupação em relação ao potencial de
desregulação endócrina sendo necessários novos estudos. É suspeito de causar efeitos
reprodutivos e sobre o desenvolvimento. Não foi genotóxico nem mutagênico, entretanto, devido
à preocupação com a carcinogenicidade do produto com bases em estudos epidemiológicos
antigos realizados em humanos, novos estudos prospectivos de corte foram realizados sobre
associação entre 2,4-D e sarcoma de tecido mole e linfoma não-Hodgkin, com resultados
conflitantes. Os estudos epidemiológicos mais antigos descreviam a associação com esses
tumores; os mais recentes, conforme revisão da IARC/WHO, apontam que a carcinogenicidade
seja devida à presença de contaminantes do produto, especialmente a dioxina. IARC/WHO
classifica atualmente o 2,4-D como possível carcinogênico (grupo 2B).
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DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE:
1. PRECAUÇÕES DE USO E ADVERTÊNCIA QUANTO AOS CUIDADOS DE PROTEÇÃO
AO MEIO AMBIENTE:
- Este produto é:
( ) Altamente Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE I)
( ) Muito Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE II)
(X) PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE (CLASSE III)
( ) Pouco Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE IV)
- Este produto é ALTAMENTE MÓVEL, apresentando alto potencial de deslocamento no solo,
podendo atingir principalmente águas subterrâneas.
- Evite a contaminação ambiental Preserve a Natureza.
- Não utilize equipamento com vazamentos.
- Não aplique o produto na presença de ventos fortes ou nas horas mais quentes.
- Aplique somente as doses recomendadas.
- Não lave as embalagens ou equipamento aplicador em lagos, fontes, rios e demais corpos
d’água. Evite a contaminação da água.
- A destinação inadequada de embalagens ou restos de produtos ocasiona contaminação do
solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, flora e a saúde das pessoas.
2. INSTRUÇÕES DE ARMAZENAMENTO DO PRODUTO, VISANDO SUA CONSERVAÇÃO E
PREVENÇÃO CONTRA ACIDENTES:
- Mantenha o produto em sua embalagem original, sempre fechada.
- O local deve ser exclusivo para produtos tóxicos, devendo ser isolado de alimentos, bebidas,
rações ou outros materiais.
- A construção deve ser de alvenaria ou de material não combustível.
- O local deve ser ventilado, coberto e ter piso impermeável.
- Coloque placa de advertência com os dizeres: CUIDADO VENENO.
- Tranque o local, evitando o acesso de pessoas não autorizadas, principalmente crianças.
- Deve haver sempre embalagens adequadas disponíveis, para envolver embalagens rompidas
ou para o recolhimento de produtos vazados.
- Em caso de armazéns, deverão ser seguidas as instruções constantes da NBR 9843 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
- Observe as disposições constantes da legislação estadual e municipal.
3. INSTRUÇÕES EM CASO DE ACIDENTES:
- Isole e sinalize a área contaminada.
- Contate as autoridades locais competentes e a empresa SYNGENTA PROTEÇÃO DE
CULTIVOS LTDA., telefone de emergência: 0800 704 4304.
- Utilize equipamento de proteção individual EPI (macacão impermeável, luvas e botas de
borracha, óculos protetor e máscara com filtros).
- Em caso de derrame, estanque o escoamento, impedindo que o produto atinja bueiros, drenos
ou corpos d´água. Siga as instruções abaixo:
Piso pavimentado: Absorva o produto com serragem ou areia, recolha o material com auxílio
de uma e coloque em recipiente lacrado e identificado devidamente. O produto derramado
não deverá mais ser utilizado. Neste caso, consulte a empresa registrante, através do telefone
indicado no rótulo para sua devolução e destinação final.
Solo: Retire as camadas de terra contaminada até atingir o solo não contaminado, recolha esse
material e coloque em um recipiente lacrado e devidamente identificado. Contate a empresa
registrante conforme indicado acima.
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Corpos d´água: Interrompa imediatamente a captação para o consumo humano ou animal,
contate o órgão ambiental mais próximo e o centro de emergência da empresa, visto que as
medidas a serem adotadas dependem das proporções do acidente, das características do corpo
hídrico em questão e da quantidade do produto envolvido.
- Em caso de incêndio use extintores DE ÁGUA EM FORMA DE NEBLINA, CO
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ou QUÍMICO,
ficando a favor do vento para evitar intoxicação.
4. PROCEDIMENTOS DE LAVAGEM, ARMAZENAMENTO, DEVOLUÇÃO, TRANSPORTE E
DESTINAÇÃO DE EMBALAGENS VAZIAS E RESTOS DE PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA
UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:
EMBALAGEM RÍGIDA LAVÁVEL
- LAVAGEM DA EMBALAGEM:
Durante o procedimento de lavagem o operador deverá estar utilizando os mesmos EPI
Equipamentos de Proteção Individual recomendados para o preparo da calda do produto.
TRÍPLICE LAVAGEM (Lavagem Manual):
Esta embalagem deverá ser submetida ao processo de Tríplice Lavagem, imediatamente após
o seu esvaziamento, adotando-se os seguintes procedimentos:
- Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador, mantendo-o na
posição vertical durante 30 segundos;
- Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume;
- Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos;
- Despeje a água da lavagem no tanque pulverizador;
- Faça esta operação três vezes;
- Inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.
LAVAGEM SOB PRESSÃO:
Ao utilizar pulverizadores dotados de equipamentos de lavagem sob pressão seguir os seguintes
procedimentos:
- Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador;
- Acione o mecanismo para liberar o jato de água;
- Direcione o jato de água para todas as paredes internas da embalagem, por 30 segundos;
- A água de lavagem deve ser transferida para o tanque do pulverizador;
- Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
Ao utilizar equipamento independente para lavagem sob pressão, adotar os seguintes
procedimentos:
- Imediatamente após o esvaziamento do conteúdo original da embalagem, mantê-la invertida
sobre a boca do tanque de pulverização, em posição vertical, durante 30 segundos;
- Manter a embalagem nessa posição, introduzir a ponta do equipamento de lavagem sob
pressão, direcionando o jato de água para todas as paredes internas da embalagem, por 30
segundos;
- Toda a água de lavagem é dirigida diretamente para o tanque do pulverizador;
- Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
- ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA:
Após a realização da Tríplice Lavagem ou Lavagem Sob Pressão, esta embalagem deve ser
armazenada com a tampa, em caixa coletiva, quando existente, separadamente das embalagens
não lavadas.
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O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário, deve ser efetuado
em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável, ou no próprio local onde
são guardadas as embalagens cheias.
- DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA:
No prazo de até um ano da data da compra, é obrigatória a devolução da embalagem vazia, com
tampa, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi adquirido o produto ou no local indicado na
nota fiscal, emitida no ato da compra.
Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado nesse prazo, e ainda esteja dentro do prazo
de validade, será facultada a devolução da embalagem em até 6 (seis) meses após o término do
seu prazo de validade.
O usuário deve guardar o comprovante de devolução para efeito de fiscalização, pelo prazo
mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.
- TRANSPORTE:
As embalagens vazias o podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas,
medicamentos, rações, animais e pessoas.
EMBALAGEM RÍGIDA NÃO LAVÁVEL
- ESTA EMBALAGEM NÃO PODE SER LAVADA.
- ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA:
O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário, deve ser efetuado
em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável, ou no próprio local onde
guardadas as embalagens cheias.
Use luvas no manuseio desta embalagem.
Essa embalagem deve ser armazenada com sua tampa, em caixa coletiva, quando existente,
separadamente das embalagens lavadas.
- DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA:
No prazo de até um ano da data da compra, é obrigatória a devolução da embalagem vazia, com
tampa, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi adquirido o produto ou no local indicado na
nota fiscal, emitida no ato da compra.
Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado nesse prazo, e ainda esteja dentro do prazo
de validade, será facultada a devolução da embalagem em até 6 (seis) meses após o término do
seu prazo de validade.
O usuário deve guardar o comprovante de devolução para efeito de fiscalização, pelo prazo
mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.
- TRANSPORTE:
As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas,
medicamentos, rações, animais e pessoas.
EMBALAGEM SECUNDÁRIA - NÃO CONTAMINADA
- ESTA EMBALAGEM NÃO PODE SER LAVADA
- ARMAZENAMENTO DA EMBALAGEM VAZIA:
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O armazenamento da embalagem vazia, até sua devolução pelo usuário, deve ser efetuado em
local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável, no local próprio onde
guardadas as embalagens cheias.
- DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA:
É obrigatória a devolução da embalagem vazia, pelo usuário, onde foi adquirido o produto ou no
local indicado na nota fiscal, emitida pelo estabelecimento comercial.
- TRANSPORTE:
As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas,
medicamentos, rações, animais e pessoas.
- DESTINAÇÃO FINAL DAS EMBALAGENS VAZIAS:
A destinação final das embalagens vazias, após a devolução pelos usuários, somente poderá
ser realizada pela Empresa Registrante ou por empresas legalmente autorizadas pelos órgãos
competentes.
- É PROIBIDO AO USUÁRIO A REUTILIZAÇÃO E A RECICLAGEM DESTA EMBALAGEM
VAZIA OU O FRACIONAMENTO E REEMBALAGEM DESTE PRODUTO.
- EFEITOS SOBRE O MEIO AMBIENTE DECORRENTE DA DESTINAÇÃO INADEQUADA DA
EMBALAGEM VAZIA E RESTOS DE PRODUTOS:
A destinação inadequada das embalagens vazias e restos de produtos no meio ambiente causa
contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde das pessoas.
- PRODUTOS IMPRÓPRIOS PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO:
Caso este produto venha a se tornar impróprio para utilização ou em desuso, consulte o
registrante através do telefone indicado no rótulo para sua devolução e destinação final.
A desativação do produto é feita através de incineração em fornos destinados para este tipo de
operação, equipados com câmaras de lavagem de gases efluentes e aprovados por órgão
ambiental competente.
- TRANSPORTE DE AGROTÓXICOS, COMPONENTES E AFINS:
O transporte está sujeito às regras e aos procedimentos estabelecidos na legislação específica,
que inclui o acompanhamento da ficha de emergência do produto, bem como determina que os
agrotóxicos não podem ser transportados junto de pessoas, animais, rações, medicamentos ou
outros materiais.
RESTRIÇÕES ESTABELECIDAS POR ÓRGÃO COMPETENTE DO ESTADO, DO DISTRITO
FEDERAL OU MUNÍCIPIO:
Fica restrito a realização das atividades de: Mistura, abastecimento e aplicação tratorizada de
2,4-D pelo mesmo indivíduo, por recomendação da ANVISA.
A aplicação de agrotóxicos hormonais no Estado do Rio Grande do Sul somente poderá ser
realizada por aplicador devidamente cadastrado no Cadastro Estadual de Aplicadores de
Agrotóxicos (Secretaria de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul).
RESTRIÇÕES ESTABELECIDAS POR ORGÃO COMPETENTE DO ESTADO, DO DISTRITO
FEDERAL OU MUNÍCIPIO:
(De acordo com as recomendações aprovadas pelos órgãos responsáveis)
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São Paulo, 01 de abril de 2020.
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.