
CALARIS
Bula Completa – 01.03.2021
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Efeitos crônicos:
Mesotriona: Todos os efeitos observados no estudo de longa duração em ratos foram
atribuíveis aos níveis elevados de tirosina plasmática, e não diretamente à exposição por
mesotriona (NOAEL: 0,57 mg/kg p.c./dia). Nos estudos de 80 semanas e um ano em
camundongos, a toxicidade sistêmica foi representada por redução de peso corpóreo
(machos 80 semanas e um ano: 897,7 e 1114 mg/kg p.c/dia, respectivamente),
alterações hematológicas (machos e fêmeas, 80 semanas: ≥ 49,7 e 1102,9 mg/kg
p.c/dia), aumento no peso dos rins (fêmeas 80 semanas e um ano: ≥ 63,5 e 1102,9 mg/kg
p.c/dia) e fígado (machos e fêmeas, 80 semanas: ≥ 49,7 e 1102,9 mg/kg p.c/dia; machos
e fêmeas, um ano: 1114 e 1495 mg/kg p.c/dia) e alterações eosinofílicas no epitélio da
vesícula biliar (fêmeas um ano: 1495 mg/kg p.c/dia) (NOAEL machos e fêmeas, 80
semanas: 49,7 e 63,5 mg/kg p.c/dia; NOAEL machos e fêmeas, um ano: 63,5 e 72,4
mg/kg p.c/dia). A mesotriona não foi considerada carcinogênica ou mutagênica in vivo e
in vitro. No estudo de duas gerações em camundongos, observou-se opacidade de
córnea e diminuição de peso corpóreo nos animais adultos das gerações F0 e F1
(machos e fêmeas: 1472 e 1632 mg/kg p.c/dia). Não foi observada toxicidade reprodutiva
ao longo das duas gerações, apenas pequena redução no peso médio dos filhotes na
maior dose (NOEL fetal machos e fêmeas: 71 e 84 mg/kg p.c/dia). Nos estudos do
desenvolvimento, a toxicidade materna foi limitada à diminuição de peso corpóreo em
ratos e aumento da taxa de aborto em coelhos nas maiores doses; nenhum efeito foi
observado em camundongos (NOAEL materno ratos, coelhos e camundongos: < 100,
100 e 600 mg/kg p.c/dia). Não houve efeito no número, crescimento, sobrevivência de
fetos no útero ou teratogenicidade (NOAEL desenvolvimento ratos, camundongos e
coelhos: 300, 600 e 500 mg/kg p.c/dia, respectivamente).
Atrazina: Estudos de carcinogenicidade em camundongos e ratos Fischer 344, machos
e fêmeas, não demonstraram o aparecimento de tumores. A observação de tumores
mamários e hipofisários ocorreu apenas em ratas fêmeas da linhagem Sprague-Dawley
(NOAEL 0,5 mg/kg p.c); estudos mecanísticos ainda demonstraram a não-relevância de
seu modo de ação carcinogênico para humanos. A atrazina não foi mutagênica,
clastogênica ou genotóxica nos testes realizados. Estudos de toxicidade crônica em ratos
e camundongos mostraram redução no ganho de peso corpóreo, diminuição na
contagem de eritrócitos e outros parâmetros hematológicos (NOAEL ratos e
camundongos: 3,5 e 30 mg/kg p.c/dia, respectivamente). Em um estudo de duas
gerações, doses acima de 37,5 mg/kg p.c/dia resultaram na redução do peso corpóreo
de adultos e dos filhotes da geração F2 (NOAEL machos e fêmeas: 3,5 e 3,8 mg/kg
p.c./dia, respectivamente). Dois estudos investigaram a toxicidade do desenvolvimento
em ratos. No primeiro, a maior dose de 100 mg/kg p.c./dia e no segundo, as doses acima
de 70 mg/kg p.c./dia, provocaram redução do consumo de ração e do peso corpóreo. No
segundo estudo, as ratas prenhes apresentaram ainda salivação, secreção oral e nasal,
ptose, inchaço abdominal e sangue na vulva (700 mg/kg p.c./dia). Os efeitos fetais em
ambos estudos foram atribuídos à toxicidade materna. No primeiro estudo, a dose de 100
mg/kg p.c./dia provocou apenas pequenas alterações esqueléticas, sem
comprometimento dos parâmetros reprodutivos (NOAEL materno e fetal: 25 mg/kg
p.c./dia); no segundo, a dose de 700 mg/kg p.c./dia notadamente induziu diminuição do
consumo alimentar e do peso corpóreo e na dose de 70 mg/kg p.c./dia se observou
ossificação incompleta do crânio, dentes e patas (NOAEL materno e fetal: 10 mg/kg
p.c./dia). A toxicidade materna em coelhos expostos à 75 mg/kg p.c./dia (redução do
consumo alimentar e do ganho de peso corpóreo), resultou em aumento no número de